Comparação in vivo de técnicas de assepsia aplicadas previamente à punção venosa
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo comparar a eficiência das técnicas de assepsia por giro e distal proximal na região cutânea do antebraço posterior direito e esquerdo in vivo, visando a quantificação da inativação de micro-organismos patogênicos em pacientes que foram posteriormente submetidos à venólise. Foi avaliada a contaminação microbiana antes e após a aplicação das técnicas de assepsia com álcool 70 % em 15 pacientes ou colaboradores do Ambulatório de Atendimento do Centro Universitário. As análises foram realizadas a partir do método pour plate e os resultados foram expressos em porcentagem a partir da contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Apesar de a técnica distal proximal apresentar resultados mais eficazes na inativação dos micro-organismos, com média de redução da carga microbiana de 87,9 %, quando comparado com a técnica de assepsia por giro, com média de 82,6 %, a análise estatística demostrou que não há diferença significativa entre os valores observados, ao nível de confiança de 95 %, sendo ambas as técnicas consideradas estatisticamente iguais na inativação de micro-organismos nas condições propostas. Independente da escolha da técnica de assepsia empregada, o profissional da saúde deve observar que esses métodos são flexíveis, e devem se ajustar a anatomofisiologia de cada indivíduo, respeitando suas peculiaridades, como as condições da pele sobrejacente e a veia escolhida para punção. A observação desses fatores é considerada de suma importância para que haja sucesso no processo de descontaminação do tecido cutâneo, bem como redução de casos de contaminação hospitalar.