A cinematografia de Branco Sai, Preto Fica:
Concepções simbólicas e identitárias através do design de produção
Resumo
Este artigo analisa como o design pode ter implicações em produções audiovisuais a partir da obra Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2015) na construção e afirmação de identidades negras e periféricas. A análise se concentra em dois tópicos principais: o desenvolvimento de produtos e a construção de elementos tridimensionais pré-definidos a partir de concepções apresentadas pela narrativa do filme na relação com a simbologia que permeia as manifestações culturais periféricas presentes em Ceilândia evidenciadas na obra, que mescla o ficcional com o documental; a concepção visual da direção de arte e pós-produção. Ambos impulsionam as críticas apresentadas pelo filme e proporcionam uma experiência mais imersiva favorecida pelo design. O artigo também se propõe a compreender como os artefatos desenvolvidos nesta obra se alinham com as abordagens de design
crítico e especulativo, com raízes em elementos simbólicos de comunidades socialmente excluídas.