Pagode, rock, disco:
corporeidade e valorações externas e internas sobre a música juvenil periférica erótico dançante
Abstract
Este artigo apresenta uma reflexão sobre valorações negativas e sobre matizes de valorações positivas emitidas acerca de produções musicais populares midiático-massivas marcadas pela característica do “erótico-dançante”. No caso das primeiras (externas), expressas por agentes que não consomem essas produções e, no caso das segundas (internas), expressas por agentes centrais em seu desenvolvimento enquanto cenas e gêneros musicais periféricos e juvenis. O que a comparação com outros contextos (a relação entre o rock e a disco music) nos diz sobre esse padrão de valoração negativa? O que a diversidade de vertentes e de perfis de público em um gênero/cena musical (o pagode baiano) indica sobre a diversidade de valorações que circulam nesse fenômeno cultural? O artigo conclui destacando a importância de que esse tipo de produção cultural tenha acesso aos meios de comunicação massiva, ao ressaltar, além do prazer proporcionado ao seu público, as possibilidades críticas advindas desse acesso e ao contrastar essas possibilidades com as propostas de invisibilização, que permeiam algumas valorações negativas externas.