Com jornalismo, com quadrinhos, com tudo:
um breve estudo da HQ Um Grande Acordo Nacional
Resumo
Este artigo, de cunho qualitativo e exploratório explora as imbricações entre jornalismo e histórias em quadrinhos, impulsionado por ousadas ideias criadas pelo jornalismo literário e os transgressores quadrinhos underground nos anos 60, possibilitando uma produção cultural que se aproxima do que Juremir Machado da Silva chamou de Tecnologias do Imaginário. Para o estudo foram levantadas ideias do filósofo Michel Maffesoli (2012, 2005, 1996, 1995) e Muniz Sodré (2009), amparado também pelos apontamentos de Felipe Pena (2021, 2017), Antônio Aristides Dutra (2003) e Juremir Machado Silva (2006). Busca-se vislumbrar espaços narrativos ancorados numa “ciência do imaginário”, que intercepte a sensualidade da narrativa que capta esse espaço de fronteira entre o jornalismo e histórias em quadrinhos provocando experiências da razão sensível no ato de contar histórias reais. Para contextualizar nosso estudo analisamos o livro-reportagem “Um grande acordo nacional” de Roberto Vilalba.