Nova Classe Média um público com 17 nomes diferentes para o Governo Federal:
o caso da Caixa Econômica Federal e dos impasses comunicacionais criados pela política pública de Comunicação (SECOM/PR) e de Assuntos Estratégicos (SAE/PR) (2011-2016)
Resumo
Durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016), a CAIXA visava ser o banco da Nova Classe Média. Em uma abordagem sistêmico-discursiva, na qual a organização é entendida como discurso feito ante a um público, percebe-se que Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Secretaria de Comunicação (SECOM/PR) e CAIXA designavam a Nova Classe Média de modos díspares e não-alinhados estrategicamente, do ponto de vista comunicacional. A partir do estudo exploratório, qualitativo, documental de 10 ações estratégicas, táticas e operacionais o artigo identifica ocorrência de 17 outras denominações para este público de Nova Classe Média. Essa confusão se dá pelo fato dos conceitos de “classe” em Filosofia Política e de “classe média” em Sociologia serem um tanto controversos e de difícil aplicação em gestão. Além disso, fusões com a ideia de “classe econômica” (A, B, C, D, E) e neologismos adotados por gestores de políticas públicas criaram um cenário comunicacional confuso, no qual, o banco e o Estado tentavam dialogar com um público chamando-o por diversos nomes