Absurdo e formas de lidar com a morte na obra de Saramago:

Refluxo, As Intermitências da Morte e Todos os Nomes

Autores

  • Miriam Ringel

Resumo

A morte na sociedade moderna não tem valor intrínseco além de outros valores e muitos autores ficcionais apresentam a questão da morte nas suas obras. O nosso principal objetivo neste artigo é olhar e examinar como os escritos de Saramago abordam as várias formas de morte que aparecem na sua obra. Nesta discussão, o autor envolve o leitor num tópico complicado. Ao fazê-lo, ele coloca-se numa posição a partir da qual o leitor também pode refletir. A morte, segundo Saramago, é uma parte  necessária da vida. Nessa visão, a morte não é meramente um evento contingente. Torna-se uma tarefa ou um projeto existencial. Na obra de Saramago, a morte é um tema que possibilita a discussão da autenticidade e da inautenticidade. As visões de Saramago correspondem às de Heidegger sobre a vida e a morte (HEIDEGGER, 1962), e Albert Camus sobre encarar a morte com o absurdo (CAMUS, 1979). Neste artigo, apresento três exemplos da obra de Saramago:"Refluxo""Todos os Nomes"e "As Intermitências da Morte".

Biografia do Autor

Miriam Ringel

Ph.D. in the Hermeneutics and Cultural Studies program at Bar-Ilan University, Israel. Dissertation: Textual Experiences as Denoting Subjectivity in José Saramago's Work. Dr. Ringel holds an M.A. in Comparative Literature from Bar-Ilan University, Israel, and was the Head of Literature Studies in Ort – Colleges & Schools for Advanced Technologies & sciences (1991-2007). Author of a book published in 2009, in Hebrew – Viagem na Senda das Vozes – A Obra e a Vida de José Saramago, (Journey Following the Voices – Life and Work of José Saramago, Carmel Publishing House, Jerusalem, Israel. The book published with the support of José Saramago Foundation, Portugal). Author of a second book published in 2015, following her Ph.D. thesis: Moral Imagination in José Saramago's Work, Carmel Publishing House, Jerusalem, Israel

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Publicado

2024-11-12