Iconografia do estranhamento:
alegorias de uma pintura do século XVII
Resumo
Excêntrico, libertino, charlatão; nobre, culto e encantador. John Wilmot Rochester (1647-1680), poeta satírico
inglês, deixa entrever em sua biografia o mote longínquo para equacionar, num só ícone, pintura, dramaturgia e
poesia, sob a intersecção do estranhamento. Equivalências simbólicas entre um retrato que se quer enigmático e a existência errante de seu protagonista ocultam um testemunho narcísico, numa ordem perturbadora: enquanto recebe
uma coroa de louros, um macaco oferece à indiferença de Rochester a página arrancada de um livro, signo da inteligência privilegiada que impulsionou o debochado súdito de Charles II ao extremo de escarnecer de si mesmo
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